terça-feira, 24 de maio de 2016

O Primeiro Reich

 Reich , é uma palavra alemã que significa literalmente em português "reinado", "região", ou "rico", porém, é frequentemente utilizada para designar um império, reino, ou nação. É o termo tradicionalmente usado para designar uma variedade de países soberanos, incluindo a Alemanha em muitos períodos da sua história. Também é encontrado nos compostos Königreich, "reino" (Königtum), e nos nomes dos países Frankreich (na França, "O reino dos Francos") e Österreich (na Áustria). Reich é proveniente de uma palavra germânica para "rei", que foi emprestada do celta.
Objetivamente, Reich é a palavra alemã para "ricos". Tal como a sua contrapartida latina, imperium, Reich não implica necessariamente em uma monarquia, a República de Weimar e a Alemanha nazista continuaram a usar o nome Deutsches Reich apesar de ambos serem republicanos na sua estrutura.
 Reich alemão foi o nome dado à Alemanha durante a maior parte da sua história. Reich foi utilizado por ela própria na variante comum alemão do Sacro Império Romano, o "Santo Império Romano da Nação Alemã" (Heiliges römisches Reich deutscher Nation). Der Riche foi um título para o Imperador. No entanto, convém notar que o latim, e não o alemão, era a linguagem jurídica formal do Império na Idade Média, porém, alguns historiadores preferem utilizar Reich alemão à palavra Latina imperium para definir este período da história alemã. A Alemanha unificada, que surgiu graças ao chanceler Otto von Bismarck, em 1871 foi chamada em alemão de Deutsches Reich, que continuou a ser o nome oficial da Alemanha até 1945.


Os nazistas tentaram legitimar o seu poder retratando o seu regime como uma continuação do Sacro Império Romano (O Primeiro Reich) e do Segundo Reich (1871-1918). Eles cunharam o termo Das Dritte Reich ( "O Terceiro Império" - geralmente traduzido parcialmente como "O Terceiro Reich"). Hitler denominou esse regime de Reich de Mil Anos , pois segundo ele o Reich não apenas sobreviveria por todo este tempo, como também não seriam necessárias mais modificações. Durante o Anschluss (anexação) da Áustria em 1938 a propaganda nazista também utilizou o slogan político Ein Volk, ein Reich, ein Führer ("Um povo, um Reich, um líder") . Embora o termo "Terceiro Reich" seja de uso comum, os termos "Primeiro Reich" e "Segundo Reich" para os períodos anteriores são raramente encontrados fora da propaganda nazista, sendo o termo Altes Reich ("Velho Reich") mais utilizado para designar o Sacro Império Romano-Germânico.

O Segundo Reich

Em 1933, com a ascensão do regime Nazista na Alemanha, a propaganda estatal começou a divulgar com bastante fervor a expressão "Terceiro Reich", dando a entender que, sob o comando de Adolf Hitler a Alemanha iria reviver seus dois períodos de maior destaque, ou seja, os dois momentos na história em que o país foi o centro de um vasto e diverso império (ou Reich, em alemão). O Primeiro Reich seria o Sacro Império Romano-Germânico, existente entre 962 e 1806, fundado pelo monarca germânico Oto I, que tomava emprestado características tanto do Império Romano como do Império Carolíngio, tendo porém, a região da atual Alemanha como núcleo do estado.
Já o Segundo Reich teria sido representado pelo Império Alemão (Deutsches Reich), existente entre 1871 e 1918, e que compreendia o território alemão unificado (um pouco maior do que o atual), além de vários domínios ultramarinos espalhados pela África, Ásia e Oceania.
A Alemanha deste chamado "Segundo Reich", é obra quase que exclusiva do chanceler Otto von Bismarck, que projeta, sob regime monárquico, um moderno estado nacional, de governo central com soberania sob todo o seu território, num modelo que vinha sendo progressivamente adotado por outras nações europeias e americanas desde o século XII. Essa composição, porém, é adotada em um momento bastante tardio, deixando o país em relativa desvantagem no cenário político e econômico da época. O novo império, porém, logo se destaca, e em pouco tempo rivaliza no campo econômico com a maior potência, a Grã-Bretanha, e apesar de ter chegado tarde na disputa colonial por territórios, consegue assegurar um império ultramarino de dimensões respeitáveis.

O Terceiro Reich

A chegada dos nazistas ao poder colocou fim à República de Weimar, uma democracia parlamentar estabelecida na Alemanha após a Primeira Guerra Mundial. Com a nomeação de Adolf Hitler como chanceler, em 30 de janeiro de 1933, a Alemanha nazista (também chamada de Terceiro Reich) rapidamente tornou-se um regime no qual os alemães não possuíam direitos básicos garantidos. Após um incêndio suspeito no Reichstag, o parlamento alemão, em 28 de fevereiro de 1933, o governo criou um decreto que suspendia os direitos civis constitucionais e declarou estado de emergência, durante o qual os decretos governamentais podiam ser executados sem aprovação parlamentar.
Nos primeiros meses da chancelaria de Hitler, os nazistas instituíram uma política de "coordenação"— o alinhamento dos indivíduos e instituições com os objetivos nazistas. A cultura, a economia, a educação, e as leis passaram ao controle nazista. O regime nazista também tentou "coordenar" as igrejas alemãs e, apesar de não obter sucesso total ganhou apoio da maioria dos clérigos católicos e protestantes.

Hitler tinha a última palavra tanto na legislação nacional quanto na política externa alemã. Esta última era guiada pela crença racista de que a Alemanha era biologicamente destinada a expandir-se para o leste europeu por meio de força militar, e de que uma população alemã, maior e racialmente superior, deveria ter domínio permanente sob o leste europeu e a União Soviética. Nesta crença as mulheres exerciam um papel muito importante como reprodutoras. A política populacional agressiva do Terceiro Reich encorajava as mulheres "racialmente puras" a darem à luz ao maior número possível de crianças "arianas".

Mein Kampf

Mein Kampf (em português: Minha luta) é o título do livro de dois volumes de autoria de Adolf Hitler, no qual ele expressou suas ideias antissemitas, racialistas e nacional-socialistas então adotadas pelo partido nazista. O primeiro volume foi escrito na prisão e editado em 1925, o segundo foi escrito por Hitler fora da prisão e editado em 1926. Mein Kampf tornou-se um guia ideológico e de ação para os nazistas, e ainda hoje influencia os neonazistas, sendo chamado por alguns de "Bíblia Nazista"
É importante ressaltar que as ideias propostas em Mein Kampf não surgiram com Hitler, mas são oriundas de teorias e argumentos então correntes na Europa. Na Alemanha nazista, era uma exigência não oficial possuir o livro. Era comum presentear o livro a crianças recém-nascidas, ou como presente de casamento. Todos os estudantes o recebiam na sua formatura.
É importante notar a flexibilidade conotativa e contextual da língua alemã da palavra "Kampf", que traz diversas possibilidades de traduções do título para o português. A palavra também pode ser traduzida como "luta", "combate", ou até mesmo como "guerra'' o que é evidenciado por vários exemplos como os nomes alemães de diversos tanques ("Panzerkampfwagen", traduzido como "Veículo de guerra blindado") ou por números de bombardeiros ("Sturzkampfflugzeug", traduzido como "Avião bombardeiro de guerra"). A grande maioria dos linguistas, entretanto, ainda julgam "Minha Luta" a tradução correta.
As principais ideias do livro são aquelas que mais tarde foram aplicadas durante a Alemanha nazista e a Segunda Guerra Mundial. Hitler desejava transformar a Alemanha num novo tipo de Estado, que se alicerçasse com o conceito de raças humanas e incluísse todos os alemães que viviam fora da Alemanha, estabelecendo também o Führerprinzip - conceito do líder -, em que Hitler dita que ele deveria deter grandes poderes, estabelecendo uma ideologia universal (Weltanschauung).
O livro é dominado pelo antissemitismo. Hitler diz, por exemplo, que a língua internacional Esperanto faz parte da conspiração dos judeus, e faz comentários a favor da antiga ideia nacionalista Alemã do "Drang nach Osten": a necessidade de ganhar o Lebensraum (espaço vital) para o leste, especialmente na Rússia.
Outro aspecto importante é o posicionamento político claramente anticomunista, e uma preocupação evidente com a expansão da ideologia marxista, tida pelo autor como "uma ideia tão judaica quanto o próprio capitalismo". Hitler usou como tese principal o "Perigo Judeu", que fala sobre a conspiração dos Judeus para ganhar a liderança na Alemanha. No entanto, o livro também é autobiográfico: dá detalhes da infância de Hitler e o processo pelo qual ele se transformou em um nacionalista, depois num antissemita, e finalmente num militarista, tendo sido marcado pela sua juventude em Viena, Áustria.

A Bandeira

A bandeira Alemanha Nazista é composta por um fundo vermelho inserida a uma suástica negra em um alvo circular. Originalmente utilizada como estandarte pelo Partido Nacional Socialista Alemã dos trabalhadores após a eleição de Adolf Hitler como chanceler em 1933, foi convertida como a bandeira cooficial em 14 de março de 1933, juntamente com a bandeira do antigo Império Alemão.
A bandeira havia sido projetada pelo próprio Hitler, tal como descrito em seu livro Mein Kampf, na qual descreve o processo de escolha de uma nova bandeira, depois de ter apresentado várias propostas: "Eu mesmo, entretanto, após inúmeras tentativas, encontrei um desenho final, uma bandeira com um fundo vermelho, um círculo branco e uma suástica preto no meio. Depois de várias tentativas, pude definir a relação entre o tamanho da bandeira e o tamanho círculo branco, assim como a forma e a espessura da suástica. "
 A propaganda nazista esclareceu o simbolismo da bandeira: a cor vermelha representa o social, o branco o pensamento nacional do movimento e a suástica a vitória dos povos arianos sobre o judaísmo . Diversos projetos por uma série de diferentes autores foram considerados, mas o que foi adotado no final foi o projeto pessoal de Hitler.
Um ano após a morte do presidente Paul von Hindenburg, Hitler, com quem mantinha um acordo sobre a utilização da bandeira, a bandeira nazista foi oficialmente adotada em 15 de setembro de 1935 como a única bandeira nacional da Alemanha. Esta bandeira foi mantida até a reindição incondicional do Terceiro Reich durante a Segunda Guerra Mundial, em 8 de maio de 1945.




quinta-feira, 19 de maio de 2016

A Segunda Guerra

A Segunda Guerra Mundial foi um conflito militar global que durou de 1939 a 1945, envolvendo a maioria das nações do mundo — incluindo todas as grandes potências — organizadas em duas alianças militares opostas: os Aliados e o Eixo. Foi a guerra mais abrangente da história, com mais de 100 milhões de militares mobilizados. Em estado de "guerra total", os principais envolvidos dedicaram toda sua capacidade econômica, industrial e científica a serviço dos esforços de guerra, deixando de lado a distinção entre recursos civis e militares. Marcado por um número significante de ataques contra civis, incluindo o Holocausto e a única vez em que armas nucleares foram utilizadas em combate, foi o conflito mais letal da história da humanidade, resultando entre 50 e 70 milhões de mortes.





Geralmente considera-se o ponto inicial da guerra como sendo a invasão da Polônia pela Alemanha Nazista em 1 de setembro de 1939 e subsequentes declarações de guerra contra a Alemanha pela França pela maioria dos países do império Britânico e da Commonwealth.


  
   
Nazismo, é a  ideologia de extrema direita associada ao Partido Nazista, ao Estado Nazista, bem como a outros grupos ultradireitistas. Normalmente caracterizado como uma forma de fascismo que incorpora o racismo cientifico e o antissemitismo, o nazismo se desenvolveu a partir das influências de ideias pangermanicas, do movimento nacionalista alemão Volkisch e de grupos paramilitares anti-comunistas chamados Freikorps, que surgiram durante a República de Weimar após a derrota alemã na Primeira Guerra Mundial.